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sexta-feira, 9 de julho de 2010

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Penitentes de Juazeiro

Via-crúcis no São Francisco

Moradores de Juazeiro da Bahia se autoflagelam e rezam em cemitérios para manter tradição dos penitentes

Ricardo Novelino
Enviado especial

São 19h de uma quarta-feira, em Juazeiro, sertão da Bahia, distante 815 quilômetros do Recife. A funcionária pública Jesulene Barreto, a Nenenzinha, 58 anos, saiu correndo da Secretaria de Cultura. Queria chegar em casa o mais rápido possível. Durante todo o dia, recebeu novos artistas locais e ajudou na confecção de ornamentos para a Páscoa. Só pensava, entretanto, na missão que cumpriria logo depois. A poucos quilômetros de distância do centro, no bairro da Piranga, o agricultor Mássimo Carvalho, 61 anos, também encerrava as atividades do dia. Carregou sacos de arroz e feijão e já começava a programar os trabalhos da madrugada.

Naquele momento, duas pessoas comuns, católicos fervorosos, que mal se conheciam, iniciavam a contagem regressiva para se encontrar e cumprir uma secular tradição de entidades históricas do município: a via crúcis no sertão, uma manifestação cultural de uma cidade com mais de 200 mil habitantes, que nas vésperas do ano 2.000, resiste à ação dos enlatados do Primeiro Mundo. Como fazem há pelo menos 30 anos, Nenenzinha e Mássimo se esqueceram das dificuldades do dia-a-dia e agradeceram por aquela noite de Quaresma para reviver o calvário de Jesus Cristo rumo à crucificação, pagar suas penitências e rezar pelas almas de familiares mortos, pedindo a melhoria das condições dos ainda vivos.

Cada qual com seu jeito particular, Nenenzinha e Mássimo contribuem para perpetuar a saga dos grupos de penitentes de Juazeiro, os últimos oito do Brasil. A funcionária pública lidera um dos cinco cordões das alimentadeiras de alma. Já o agricultor comanda um dos três grupos dos disciplinadores. Apesar da origem comum na europa medieval e na colonização através dos frades franciscanos que desembarcaram no Nordeste nos finais do século XVIII, as entidades diferem nas liturgias moldes de pregação. Contra tudo e contra todos, Nenenzinha e Mássimo conseguiram superar a discriminação e o preconceito. Até o final da década de 70, os devotos eram obrigados a pedir permissão à polícia e ao prefeito para poderem cobrir os rostos e entoarem seus cânticos pela cidade.

As alimentadeiras de alma congregam homens e mulheres de todas as idades. Em seus rituais, praticados entre a quarta-feira de cinzas e Sexta-Feira Santa, estão presentes os madeiros, enormes cruzes de madeira negras, envoltas em véus brancos, e a matracas instrumentos de madeira, usados para marcar os passos da manifestação e os cânticos, denominados de benditos. Vestidos de branco, com os rostos cobertos por lençóis, frequentam cemitérios e igrejas para fazer orações.

Os disciplinadores, entidades extremamente secretas, reúnem apenas homens. Chegar perto dos penitentes durante a realização do trabalho é praticamente impossível. Muitas vezes, nem as próprias famílias dos devotos sabem ao certo que atividades são feitas durante a Quaresma. Além do canto e das preces, os integrantes praticam a auto-flagelação. Usam as disciplinas, uma espécie de chicote de couro com uma unha de metal na ponta. Com as disciplinas, os penitentes fazem movimentos ritmados como de relógio abrindo enormes sulcos nas costas. O sangue, que ensopa as vestes brancas, representa o sofrimento de Jesus Cristo aos pés da cruz. A ação de se cortar com pequenas lâminas de aço está prevista numa espécie de código de honra repassado através das gerações. "Meu pai morreu com 99 anos e já fazia penitências pelas ruas de Juazeiro. Há muitos anos, felizmente, as almas não falham comigo", declara.

Alimentadeiras de alma

As mulheres, homens e crianças dos cordões iniciam os preparativos por volta das 19h30. Dentro da sala de oração, vestem longas saias e cobrem os rostos com um lençol branco. O toque da matraca anuncia a saída. Em fila indiana, iniciam o percurso. Cruzam as ruas de Juazeiro. Antes da partida, cada um se benze em frente ao madeiro. Dona Isabel, 80 anos, uma senhora cega que integra o cordão há 34 anos, puxa o primeiro bendito: "Anjo da Guarda". Ajudada por uma outra devota, se prepara para cumprir mais de quatro quilômetros do centro de Juazeiro até o cemitério de Pirangas.

Dois quilômetros depois da partida, um outro cordão encontra com o grupo. Os dois madeiros se cruzam às 21h30. Os integrantes dos cordões se benzem em frente à cruz do outro grupo. Durante o percurso, pedestres param o cordão para reverenciar os penitentes. A matraca bate a anuncia a primeira estação. O cruzeiro de Pirangas. É uma enorme cruz de madeira, que fica em frente a uma Igreja. Além dos cânticos, entoam um Pai Nosso e acendemvelas. Alguns se isolam para fazer suas preces individuais. Os penitentes reverenciam o altar da igreja e seguem na caminhada. Ainda faltam pelo menos duas horas de caminhada.

O ponto culminante do percurso é a chegada no cemitério às 23h. Os lampiões são acesos e o ritual é cumprido em algumas catacumbas previamente escolhidas. São túmulos de companheiros mortos ou de pessoas que devem ter as almas salvas.Dentro do cemitério, os vultos brancos contrastam com a escuridão. Sem beber água ou descansar um só minuto, o grupo se divide para as preces individuais dentro do cemitério. Depois de quase cinco horas de caminhada e de cânticos praticamente sem intervalos, o cordão prepara a volta para o ponto de partida. Já passa da meia-noite.

Disciplinadores

Passa um pouco das 21h. A pedra do Maloque, na Ilha do Rodeador reina um silêncio angustiante. No escuro total, 20 homens vestidos de branco se encontram. Com as costas nuas e os rostos cobertos por um lençol, eles se preparam para uma longa caminhada em direção a um dos cemitérios do local. Chega a cruz negra envolta em véus também brancos. É hora de fazer os últimos ajustes na disciplina, instrumento cortante que serve para a auto-flagelação. O grupo reverencia a Semana das Dores, sete dias antes da semana Santa. O líder puxa a fila indiana, que segue até à igreja, localizada no centro do vilarejo.

Na frente da igreja, os devotos ajoelham-se e iniciam os cânticos. São 22h15. Um outro grupo de disciplinadores chega. Os dois cordões se reverenciam. Cada integrante reza um Pai Nosso de joelho em frente ao madeiro do outro grupo. Entram na igreja, onde passam poucos minutos, e saem para o cemitério. São pelo menos três quilômetros dentro da lama no meio da escuridão. Os únicos pontos de luz são os cigarros acesos. Durante todo o trajeto, as vozes masculinas misturam-se. Na entrada do cemitério, a primeira estação, alguns preparam-se para iniciar os trabalhos da auto flagelação.

Depois de entoarem o bendito "Mãe Dolorosa", acendem velas no pé da cruz, no meio do cemitério. Eles cantam "Jesus, derrama teu sangue...". a matraca toca e começa o ritual. Como pêndulos sincronizados, os penitentes jogam os cordões de couro com a lâmina de aço na ponta contra as costas. O barulho da auto-flagelação lembra o ritmo preciso das batidas de um relógio. poucos minutos depois reverenciam o grupo de alimentadeiras de alma que entrou no cemitério. Por alguns minutos oram juntos. Apressadamente, voltam à igrejano centro do vilarejo. É quase 1 hora da manhã.

Regras para a devoção

Para se tornar penitente, o primeiro passo é demonstrar extrema devoção. Quem entra num dos cordões deve cumprir a promessa por sete anos. A interrupção do prazo por qualquer motivo significa arranjar encrenca com as almas. Para sair entre os grupos de penitentes é preciso ter fôlego. Na quarta-feira de cinzas começam as peregrinações. O ponto máximo das penitência é atingido na quinta-feira antes da Páscoa, quando cordões se encontram num cemitério da cidade para rezar juntos. Durante a Quaresma, os devotos têm encontros marcados nas segundas, quartas e sextas, exceto na Semana Santa, período em que as orações devem ser feitas todos os dias. Nas noites de peregrinação, alimentadeiras de alma e disciplinadores chegam a percorrer até cinco quilômetros entoando os cânticos.

As regras devem ser cumpridas sem contestações. O penitente que desobedecer está sujeito a penalidades. Quem beber antes de realizar o serviço, como é conhecida a auto-flagelação dos disciplinadores, fica mal visto pelos companheiros. "Matarou roubar é sinônimo de expulsão e, consequentemente, de má sorte. Aos que abandonam as penitências antes de completar sete anos, também ficam designados os maus fluidos das almas", comenta a historiadora e folclorista e Juazeiro, Maria Isabel Figueiredo, a Bebela.

Quanto mais aproxima-se o Domingo de Páscoa, as regras vão ficando mais rígidas. Comer carne nem pensar. O ideal é andar apenas de branco. Na quinta-feira da Paixão é hora de pedir contribuições para o almoço do Sábado de Aleluia, surubim ou vatapá, como mandam as tradições. De preferência, as doações são feitas em forma de alimentos e nunca de dinheiro. Nesse dia, auto-flageladores deixam de se cortar. Permanecem com as roupas sujas de sangue até o sábado, quando fazem a lavagem no Rio São Francisco. Também não vale colocar remédio nas feridas feitas pelas disciplinas. Basta água do rio. "Para se ter uma idéia da rigidez, as mulheres menstruadas não podem tocar nas cruzes de madeira negra para não contaminar", afirma.

Fonte: http://www.dpnet.com.br/anteriores/1998/04/10/urbana6_0.html Recife, Sexta-Feira, 10 de Abril de 1998

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Fique Sabendo mais um pouco sobre Lampião - Virgulino Ferreira da Silva

Durante duas décadas, o temido Rei do Cangaço circulou em todo o Nordeste brasileiro fugindo das Volantes, atemorizando a população e fazendo “justiça” com as próprias mãos.

Passados tantos anos da morte de Lampião, a região nordestina não é mais a mesma das décadas de 1920 e 1930, mas outra forma de cangaço ainda sobrevive no meio da população. A chegada de estradas, escolas, energia elétrica e o avanço tecnológico não foi suficiente para eliminar a violência. Primeiro, porque as injustiças sociais ainda permanecem. Como nos tempos áureos do cangaço, o dinheiro ainda é o principal fator para definir quem está certo e quem está errado.

Segundo que, embora a civilização bata à porta dos mais distantes rincões do sertão nordestino, a droga avança de forma avassaladora, atraindo jovens para o mesmo precipício do tempo do banditismo. E o pior é que, se no tempo do cangaço havia um ambiente hostil e um movimento governista disposto a eliminar os bandidos que atemorizavam o sertão nordestino, hoje o que se vê é, se não uma conivência dos governantes, um pouco caso com o que se passa a um palmo dos seus olhos.

A história da morte

As mortes de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita. Eles foram assassinados na Grota de Angicos, município de Poço Redondo, em Sergipe, durante uma emboscada montada pela volante comandada pelo sargento João Bezerra. Lampião e Maria Bonita se tornaram mitos da história brasileira e hoje são temas de livros, cinema, documentários, teses de mestrado, etc.

No confronto de Angicos, outros nove cangaceiros foram mortos. São eles: Quinta-Feira, Luís Pedro, Mergulhão, Elétrico, Enedina e outros quatro que ainda permanecem desconhecidos, segundo o pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo. Todos os cangaceiros tiveram as suas cabeças cortadas e expostas como troféus na escadaria onde hoje funciona a Prefeitura de Piranhas (AL). A perseguição a Lampião e seu bando foi ordenada pelo então presidente Getúlio Vargas, que foi pressionado a acabar com o banditismo no sertão nordestino.

Depois da chacina de Angicos, os corpos dos cangaceiros foram colocados em cima de um caminhão e transportados para Maceió, capital de Alagoas. Antes de chegar ao destino, em cidades como Piranhas, Santana do Ipanema e Batalha, o caminhão parava para que a população pudesse ver os corpos dos cangaceiros. Depois de Maceió, foram transferidos para Salvador (BA), onde as cabeças de Lampião e Maria Bonita ficaram expostas no Museu Nina Rodrigues até 1969 como troféus.

Corisco, conhecido como o Diabo Loiro e braço direito de Lampião, por estratégia, não estava presente na emboscada de Angicos. Após saber da “tragédia”, ele prometeu vingança. Durante dois anos Corisco ainda cumpriu o prometido, mas, em 1940, baleado e já sem o mesmo número de cangaceiros para enfrentar “as volantes”, o cangaceiro foi morto no município de Barra do Mendes (Ba) juntamente com a sua companheira Dadá.

Segundo o pesquisador Antônio Amaury, as cidades mais importantes para o Cangaço foram Vila Bela, hoje conhecida como Serra Talhada (PE), Jeremoabo (BA), Uauá (BA), Floresta (PE), Piranhas (AL), Delmiro Gouveia (AL), Poço Redondo (SE), Porto da Folha (SE) e Glória (BA). "Foram locais onde funcionaram as sedes das volantes ou de passagens de Lampião", afirmou Corrêa.

Lembranças do Cangaço

Missas e eventos em memória do casal de cangaceiros devem ser realizados em cidades de pelo menos quatro dos sete estados onde há registros oficiais da passagem de Lampião. Segundo o historiador João de Souza, 43 anos, o cangaceiro Lampião circulou pelos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. "Nestes quatro últimos é que a presença dele se fez mais marcante", disse.

Em Serra Talhada (PE), terra de Lampião, todos os anos acontece o “Tributo a Virgulino”, quando reúne pesquisadores, estudiosos, professores, jornalistas e estudantes de todo o Brasil. Durante o evento, acontecem palestras de estudiosos do tema, debates, missa na casa onde Lampião nasceu e venda de produtos alusivos ao cangaço.

Na cidade de Paulo Afonso (BA), onde nasceu e viveu Maria Bonita (na verdade ela nasceu em Santa Brígida, que pertencia a Paulo Afonso), a data é sempre lembrada por grupos folclóricos e pela secretaria de Cultura do município.

Em Poço Redondo (SE), terra onde nasceram vários cangaceiros, também acontecem muitas atividades. Uma missa na Grota de Angicos será realizada nesta segunda-feira (28), sempre com as presenças de Expedita Ferreira e Vera Ferreira, filha e neta de Lampião e Maria Bonita, respectivamente. Elas residem em Aracaju.

Vivos e morto. Ainda existem alguns cangaceiros vivos. Em Buíque, Pernambuco, reside o Candeeiro, um dos que conseguiram escapulir da emboscada de Angicos. Em Maceió (AL), mora “Vinte e Cinco”, o José Alves de Matos.

Já Sila e Zé Sereno, que também escaparam de Angicos, já morreram. No ano passado, morreram também Durvinha e Moreno. O casal de cangaceiros fugiu para Minas Gerais depois da morte de Lampião. Durvinha morreu em 28 de junho de 2008, um ano após sofrer um acidente vascular cerebral.

Por Evandro Matos

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