A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Igualdade, Assistência Social e Cultura (SEIASC), realiza de 24 a 26 deste mês, o Festival Nacional Edésio Santos da Canção. Suspenso em dezembro devido ao decreto de emergência provocado pelas fortes chuvas no município, o maior evento musical do Vale do São Francisco ocorrerá em duas edições este ano. Nesta edição (referente a 2010), o FENESC manterá a mesma estrutura já definida anteriormente, desde as atrações que se apresentarão durante as três noites até as 20 concorrentes classificadas na triagem realizada no final de novembro. Portanto, a homenagem ao samba também permanece e na noite de encerramento o público apreciará o show da nova diva do mais brasileiro dos ritmos, a consagrada cantora baiana Mariene de Castro.
As noites das eliminatórias serão animadas respectivamente pelos artistas juazeirenses Nilton Freitas e Alan Cléber. Além disso, entre os dias 22 e 26 acontecerão as oficinas de música no Centro de Cultura João Gilberto. As vagas já estão todas preenchidas e os participantes das oficinas de violão, canto popular e percussão devem entrar em contato com a coordenação do FENESC através dos telefones: (74) 9195 3540 – 3612 1741. O secretário Crisóstomo Lima (Zó) aposta no sucesso do festival. “Esta edição não tinha o que mudar, pois já estava definida desde o ano passado e tem tudo para ser um grande evento”. O secretário já iniciou as conversas em busca do apoio dos músicos juazeirenses também para a edição 2011, que acontecerá no final do ano.
Com a realização da 14ª edição do Festival Nacional Edésio Santos da Canção entre os dias 24 e 26 de março, em Juazeiro, no Centro de Cultura João Gilberto, as lembranças do músico homenageado pela sua cidade voltam a transitar pela memória dos que conviveram com Seu Edésio. É o caso do baterista, pandeirista e cantor Antonio José Rodrigues, ou simplesmente Toinho de Zé Maguim, um dos artistas do Vale do São Francisco que acompanharam a trajetória musical de Edésio. Toinho conheceu Edésio ainda jovem, quando já era um destaque do violão e da guitarra. Além da música, outro momento de convivência foi o futebol. Edésio era técnico do Fluísco, o “Esquadrão de Aço” (assim era chamado o time da Companhia de Navegação, atual Carranca) e o baterista era o lateral esquerdo do time.
As bandas de outrora eram conhecidas como conjuntos, e o primeiro, de bossa nova, foi liderado por Edésio Santos. Chamava-se “DelSantos e seu conjunto”, com integrantes que futuramente iriam formar, no ano de 1965, o grupo Sambossa. O conjunto musical durou cinco anos. Nesse período, o Sambossa se apresentou em quase todas as cidades da região e outras ribeirinhas como Xique-Xique e Barra. Tinha na formação músicos como Raimundo Felipão, no baixo, Fernando Rego, no sax, Bosco no Trompete, Toinho na bateria, dentre outros.
O grupo ganhou destaque regional quando se apresentou em Recife, capital de Pernambuco, para as rádios Jornal do Comércio e Rádio Clube, e também para emissoras de televisão dos mesmos grupos de comunicação. Numa apresentação no clube Sargento Wolff, no Recife, a Rádio Olinda transmitiu o show para todo o Nordeste. Em Juazeiro e Petrolina, a população ouvia atentamente, e orgulhosa, os acordes de bossa, samba, rumba e jazz entoados pelo Sambossa. Ter vivido estes anos com Edésio é uma satisfação para o músico petrolinense e morador de Juazeiro. “O negão tocava muito. Além disso, era um bom amigo, bom conselheiro...”, relembra Toinho. O baterista ainda ressalta que Edésio era um bom “desenhista arquitetônico”. “Ele trabalhava para a Prefeitura de Juazeiro e particulares. Muitas casas em Juazeiro foram desenhadas por ele”, esclarece.
Os filhos de Toinho também se relacionaram com Edésio. Adeptos da boa música se encantavam com os acordes vindos do violão daquele senhor negro, alto, de humor duro, mas engraçado e gentil. Para o médico e cantor Rogério Leal, foi importantíssimo ter convivido com ele. “Tinha um espírito jovem”, conta. O cantor ainda complementa. “Foi um prazer tê-lo conhecido, ter ouvido as suas histórias. Foi um dos que me influenciaram musicalmente. E eu tive duas satisfações, primeiro como músico e outra como médico, quando Edésio já estava idoso e fui tratá-lo”, relembra prazerosamente o médico e cantor.
Edésio Santos era uma pessoa simples, gostava das coisas de Juazeiro. Foi parceiro de vários artistas: de João Gilberto a Geraldo Azevedo; de Fernando Rego a Sibele Fonseca. Segundo Toinho e Rogério, a única frustração de sua vida foi não ter gravado um disco seu. “A homenagem do município em dar nome ao principal Festival de música da região é o mínimo que Edésio Santos poderia receber”, desabafa Toinho. Hoje, aposentado, Toinho é integrante de um grupo de chorinho, o “Chorinho do Meu Pai”. Perguntado o motivo do nome ele explica, sorridente: “foi meu filho que colocou”.
As bandas de outrora eram conhecidas como conjuntos, e o primeiro, de bossa nova, foi liderado por Edésio Santos. Chamava-se “DelSantos e seu conjunto”, com integrantes que futuramente iriam formar, no ano de 1965, o grupo Sambossa. O conjunto musical durou cinco anos. Nesse período, o Sambossa se apresentou em quase todas as cidades da região e outras ribeirinhas como Xique-Xique e Barra. Tinha na formação músicos como Raimundo Felipão, no baixo, Fernando Rego, no sax, Bosco no Trompete, Toinho na bateria, dentre outros.
O grupo ganhou destaque regional quando se apresentou em Recife, capital de Pernambuco, para as rádios Jornal do Comércio e Rádio Clube, e também para emissoras de televisão dos mesmos grupos de comunicação. Numa apresentação no clube Sargento Wolff, no Recife, a Rádio Olinda transmitiu o show para todo o Nordeste. Em Juazeiro e Petrolina, a população ouvia atentamente, e orgulhosa, os acordes de bossa, samba, rumba e jazz entoados pelo Sambossa. Ter vivido estes anos com Edésio é uma satisfação para o músico petrolinense e morador de Juazeiro. “O negão tocava muito. Além disso, era um bom amigo, bom conselheiro...”, relembra Toinho. O baterista ainda ressalta que Edésio era um bom “desenhista arquitetônico”. “Ele trabalhava para a Prefeitura de Juazeiro e particulares. Muitas casas em Juazeiro foram desenhadas por ele”, esclarece.
Os filhos de Toinho também se relacionaram com Edésio. Adeptos da boa música se encantavam com os acordes vindos do violão daquele senhor negro, alto, de humor duro, mas engraçado e gentil. Para o médico e cantor Rogério Leal, foi importantíssimo ter convivido com ele. “Tinha um espírito jovem”, conta. O cantor ainda complementa. “Foi um prazer tê-lo conhecido, ter ouvido as suas histórias. Foi um dos que me influenciaram musicalmente. E eu tive duas satisfações, primeiro como músico e outra como médico, quando Edésio já estava idoso e fui tratá-lo”, relembra prazerosamente o médico e cantor.
Edésio Santos era uma pessoa simples, gostava das coisas de Juazeiro. Foi parceiro de vários artistas: de João Gilberto a Geraldo Azevedo; de Fernando Rego a Sibele Fonseca. Segundo Toinho e Rogério, a única frustração de sua vida foi não ter gravado um disco seu. “A homenagem do município em dar nome ao principal Festival de música da região é o mínimo que Edésio Santos poderia receber”, desabafa Toinho. Hoje, aposentado, Toinho é integrante de um grupo de chorinho, o “Chorinho do Meu Pai”. Perguntado o motivo do nome ele explica, sorridente: “foi meu filho que colocou”.
Oficinas
O Festival Edésio Santos da Canção deixou de ser um simples evento para se transformar num projeto cultural consolidado regional e até nacionalmente. As oficinas oferecidas por profissionais da área musical contribuem para a formação e a capacitação de novos artistas, o que se tornou um diferencial neste atual formato do Festival.
As oficinas de percussão com Silas Batista, de violão com Rafael Miranda e de canto popular com Samuel Elói, serão realizadas no Centro de Cultura João Gilberto, a partir da próxima terça-feira (22) e prosseguirão até o sábado (26). Para o professor de canto Samuel Elói, o principal objetivo desta iniciativa é oportunizar aos iniciantes um crescimento profissional na área.
A 14ª edição do Festival Edésio Santos da Canção acontecerá entre os dias 24 e 26 de março (quinta, sexta e sábado), no Centro de Cultura João Gilberto, a partir das 20 horas e a entrada é gratuita. Ao todo serão 20 concorrentes em busca de uma premiação total no valor de R$ 21 mil reais, assim estabelecida: R$ 10 mil para o vencedor; R$ 5 mil para o segundo lugar e R$ 2 mil para o terceiro. Para melhor intérprete, a premiação é de R$ 4 mil reais.
Os artistas juazeirenses Nilton Freitas e Alan Cléber animarão o público nas noites das eliminatórias e na noite de encerramento o show ficará por conta da conceituada cantora baiana Marine de Castro, considerada pela crítica especializada como a nova diva do samba.
As oficinas de percussão com Silas Batista, de violão com Rafael Miranda e de canto popular com Samuel Elói, serão realizadas no Centro de Cultura João Gilberto, a partir da próxima terça-feira (22) e prosseguirão até o sábado (26). Para o professor de canto Samuel Elói, o principal objetivo desta iniciativa é oportunizar aos iniciantes um crescimento profissional na área.
A 14ª edição do Festival Edésio Santos da Canção acontecerá entre os dias 24 e 26 de março (quinta, sexta e sábado), no Centro de Cultura João Gilberto, a partir das 20 horas e a entrada é gratuita. Ao todo serão 20 concorrentes em busca de uma premiação total no valor de R$ 21 mil reais, assim estabelecida: R$ 10 mil para o vencedor; R$ 5 mil para o segundo lugar e R$ 2 mil para o terceiro. Para melhor intérprete, a premiação é de R$ 4 mil reais.
Os artistas juazeirenses Nilton Freitas e Alan Cléber animarão o público nas noites das eliminatórias e na noite de encerramento o show ficará por conta da conceituada cantora baiana Marine de Castro, considerada pela crítica especializada como a nova diva do samba.
Confira as músicas selecionadas
- Pra Sempre (Carlos Gomes - Praia Grande/SP)
- O Conto de Bruxa (Marcelo Rodrigues da Cruz - Petrolina/PE)
- Tributo a Renato Russo (Marx Uilianov - Juazeiro/BA)
- Quem dera (Laércio Bethovem - Salvador/BA)
- Silêncio e Escuridão (Zé Beto - Belo Horizonte/MG)
- Serafim Soberano (Genivaldo Bispo - Juazeiro/BA)
- Sob o mesmo Sol (Eugênio Cruz - Petrolina/PE)
- A Flor (Ludmila Nascimento - Juazeiro/BA)
- Nascente da Água Clara (Firmino Neto - Barro/CE)
- Ciranda, Cirandinha dos Amantes (Antenor Zapata e Marcela Sevila - Juazeiro/BA)
- O Rei e o Cantador (Cleilson Ribeiro - Barro/CE)
- Pescador de Sonhos (João Energia - Juazeiro/BA)
- Tudo Passará (David Duarte - Fortaleza/CE)
- Sertão Bonito (Davi Siqueira e Virgílio Siqueira - Petrolina/PE)
- Dia da Colheita (Zé Manoel - Recife/PE)
- Medo de Amar (Rafael de Oliveira - Paulo Afonso/BA)
- Saudade do meu Tamborim (Lins de Oliveira - Petrolina/PE)
- Na Orquestra do Tempo (Kereto – Santo Antônio de Jesus/BA)
- Samba pra Villa (Dalmo Funchal - Rio de Janeiro/RJ)
- Bastidores da Estrela (Brena Gonçalves - Ilhéus/BA)
- Pra Sempre (Carlos Gomes - Praia Grande/SP)
- O Conto de Bruxa (Marcelo Rodrigues da Cruz - Petrolina/PE)
- Tributo a Renato Russo (Marx Uilianov - Juazeiro/BA)
- Quem dera (Laércio Bethovem - Salvador/BA)
- Silêncio e Escuridão (Zé Beto - Belo Horizonte/MG)
- Serafim Soberano (Genivaldo Bispo - Juazeiro/BA)
- Sob o mesmo Sol (Eugênio Cruz - Petrolina/PE)
- A Flor (Ludmila Nascimento - Juazeiro/BA)
- Nascente da Água Clara (Firmino Neto - Barro/CE)
- Ciranda, Cirandinha dos Amantes (Antenor Zapata e Marcela Sevila - Juazeiro/BA)
- O Rei e o Cantador (Cleilson Ribeiro - Barro/CE)
- Pescador de Sonhos (João Energia - Juazeiro/BA)
- Tudo Passará (David Duarte - Fortaleza/CE)
- Sertão Bonito (Davi Siqueira e Virgílio Siqueira - Petrolina/PE)
- Dia da Colheita (Zé Manoel - Recife/PE)
- Medo de Amar (Rafael de Oliveira - Paulo Afonso/BA)
- Saudade do meu Tamborim (Lins de Oliveira - Petrolina/PE)
- Na Orquestra do Tempo (Kereto – Santo Antônio de Jesus/BA)
- Samba pra Villa (Dalmo Funchal - Rio de Janeiro/RJ)
- Bastidores da Estrela (Brena Gonçalves - Ilhéus/BA)
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