terça-feira, 30 de agosto de 2011

Manifestos pelo Espaço Cultural do Sertão – Tropeirismo na Bahia reunirá música, cinema, conferência e exposição fotográfica.



A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia prestará uma homenagem à cultura sertaneja no próximo dia 31 de agosto, quarta-feira, às 17h, no Palácio Rio Branco, Praça Municipal, no encontro “Manifestos pelo Espaço Cultural do Sertão – Tropeirismo na Bahia”. O evento, promovido pela Fundação Pedro Calmon e o Centro de Cultura Populares e Identitárias, colocará em debate a importância cultural dos tropeiros e a sua participação na circulação de mercadores, riquezas conhecimentos e tradições culturais.
Integra a programação gratuita a abertura de uma exposição sobre os Encourados de Pedrão, exibição de vídeos, conferências com historiadores e especialistas, e show do maestro, compositor e instrumentista, João Omar, filho de Elomar, um dos mais importantes músicos brasileiros.
Para abordar a importância das tradições culturais do sertão da Bahia, uma mesa reunirá o historiador Ubiratan Castro de Araújo, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, o antropólogo Washington Queiroz, pesquisador e defensor da cultura do Sertão Bahia, e a cantora, compositora e historiadora Jurema Paes, Doutora em História das Culturas, pela PUC-SP. A artista é pesquisadora do tema do tropeirismo e defendeu, em 2001, a dissertação de mestrado em História Social pela Universidade Federal da Bahia intitulada: “As tropas e tropeiros no alto sertão baiano, século XIX”.
A atração cultural convidada será o maestro, compositor, arranjador e instrumentista, João Omar, natural de Vitória da Conquista. Contemplado pelo Prêmio Sharp 1998, como melhor arranjador na categoria regional, João Omar desenvolve um estilo que busca a afirmação da cultura brasileira e da identidade sertaneja, mesclando o regional e o erudito, inspirado em elementos da cultura popular.
Filme – Durante o evento, será exibido o documentário “O Sertão que o coração vê (2010)” realizado por Miguel Telles e o historiadorManoel Neto. São 20 minutos que narram à história de João Boró, digno representante da tradição dos vaqueiros. Profissional afamado, reconhecido como excelente laçador, João Boró, teve que abandonar a lida com o gado ainda cedo. Os graves acidentes de trabalho ocorridos em épocas distintas em pegas de boi retiraram lhe a visão por completo.
O público também poderá conferir a exposição “Encourados de Pedrão”, com fotografias e objetos tridimensionais, pertencentes ao acervo do fotógrafo e cineasta Miguel Telles. Nesta exposição, o artista retrata a história dos vaqueiros do município de Pedrão, localizado no Litoral Norte do Estado, além de destacar a importância do local no processo de independência do Brasil na Bahia. Um grupo de vaqueiros do município de Pedrão já confirmou presença ao Manifestos pelo Espaço Cultural do Sertão – Tropeirismo na Bahia, com seus trajes típicos e seus cavalos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário